É verdade que ainda nos encontramos em pandemia ativa da Covid-19, mas, justamente por conta da doença e seu impacto no mundo, muita coisa precisa mudar rapidamente – e várias são as transformações que vieram para ficar.
Países viraram reféns uns dos outros, enquanto a população teve tempo para repensar seus hábitos de consumo.
Hoje, vamos falar sobre as 5 principais tendências, de acordo com os especialistas da Royal Cargo, para o cenário mundial do comércio exterior pós-pandemia.
1. Países menos dependentes entre si
Essa poderá ser uma das mais radicais transformações em relação ao comércio exterior. Com a pandemia, pudemos notar que os países, em geral, não têm problemas em fazer negócios uns com os outros.
Porém, o grande impacto foi o quão dependente um país é do outro, e o quão pouco sustentáveis eles são sozinhos. Deverá ocorrer uma diminuição em larga escala na dependência e troca entre países. Esse movimento já pode ser observado, por exemplo, no Japão, onde há movimentos políticos apoiando a entrega de benefícios para que as empresas expatriadas voltem ao país.
Com isso, também, haverá menos terceirizações e mais produções locais, garantindo que a população tenha acesso rápido a produtos essenciais por estarem geograficamente mais perto.
2. Proteção da indústria interna
A percepção da dependência entre países (e como essa dependência pode ser negativa em cenário como uma pandemia) pode levar as nações a criarem barreiras de protecionismo, onde produtos essenciais em cada localidade receberão penalidades severas caso exportados.
É possível que os governos tomem medidas para que esta produção fique no país e o torne mais sustentável. Essa maior proteção para indústrias locais deve se dar especialmente para itens essenciais e de primeira necessidade.
A segurança do país se torna prioridade, com toda a indústria de itens básicos se tornando interna, o que mantém toda a cadeia de produção sob o “controle” do país. É claro, isso pode gerar guerras comerciais mais regulares, com países se protegendo mais, até mesmo com retração nos relacionamentos e revisão de acordos comerciais.
3. Destaques para os bens essenciais
Uma forte tendência é o surgimento ou consolidação de alguns países como potência na exportação de bens essenciais. O Brasil, por exemplo, vem batendo recorde atrás de recorde no agronegócio, enquanto alguns países com produção não voltada para bens essenciais demonstram quedas de mais de 30% durante a pandemia.
Com a mudança do foco para a subsistência e sobrevivência, a população busca mais intensamente por bens de consumo como alimentos e roupas, fortalecendo a produção dos mesmos.
4. Desaceleração do consumo
A tendência da desaceleração do consumo, que já era praticada timidamente ao redor do mundo, se torna cada vez mais forte com a prioridade pela qualidade de alimentação e saúde e a mudança de consciência que a pandemia trouxe por um mundo menos poluído e mais saudável.
É possível que a consequência disso seja uma releitura severa sobre capitalismo, governos e formas de se viver em sociedade, com a busca por relações e consumos verdadeiramente sustentáveis.
5. Transformação digital
Com o isolamento social necessário durante a pandemia, uma das principais tendências que já se encontra em movimento é a transformação digital.
Empresas precisaram mudar quase toda sua operação para o mundo online, possibilitando o trabalho home office e o atendimento de clientes por meios digitais.
Dessa forma, a digitalização e desburocratização de documentos e processos se intensifica; assim como a criação de canais de comunicação 100% digitais, com intensa redução da interação humana no atendimento e transações.
Todas essas e outras tendências podem ou não se solidificar. Na verdade, é preciso aguardar. Como diz aquele velho ditado clichê, mas verdadeiro, “só o tempo dirá”.
Quer se aprofundar mais no comércio exterior e nas mudanças que acontecem na atualidade? Acompanhe o blog da Royal Cargo.
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