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Indústria 4.0: como destacar sua empresa e manter a competitividade no mercado

Estamos presenciando a chegada da quarta revolução industrial no mundo. Desde 2011, o termo indústria 4.0 instiga empresários e gestores para a inovação. No meio de tanta informação, fica difícil saber por onde começar! Mas com esse artigo você entenderá a indústria 4.0 de uma vez por todas. Ainda, vamos te ajudar a iniciar o processo de atualização para não perder competitividade e se destacar no seu mercado. Continue a leitura!


O que é a Indústria 4.0?

A feira Internacional de Hannover apresenta todos os anos o que há de mais inovador no mundo da tecnologia. Foi lá que ouvimos pela primeira vez o termo Indústria 4.0, em 2011.

Sabe aquela história da Revolução Industrial que aprendemos na escola? O mundo já passou por 3 revoluções: a 1ª revolução trouxe a possibilidade de aumentar a produção nas fábricas com as máquinas a vapor; a 2ª trouxe as máquinas elétricas, como os carros e aviões; e a 3ª trouxe a automação, a robótica, a integração entre a ciência e a produção.

A 4ª revolução industrial é quando as máquinas começam a trocar informação entre si; elas não precisam mais da mente humana para fazerem conexões. É importante dizer que nós ainda não alcançamos a 4ª revolução da indústria e ainda temos um longo caminho até lá.

O que é Internet das Coisas?

A base da indústria 4.0 é a Internet das Coisas (IoT) e o Big Data. Por meio da IoT, os dispositivos e máquinas são capazes de trocar informações entre si e agirem com base em algoritmos e programas de controle. Essa infinidade de possibilidades de comunicação aliada a sensores e atuadores, transformam uma indústria automatizada (3ª revolução industrial) em uma indústria autônoma (4ª revolução industrial).

O que é Big Data?

Já o Big Data é um conceito ainda mais amplo do que os tradicionais “Bancos de Dados”. O Big Data requer mais preparo dos profissionais de tecnologia e equipamentos mais poderosos e disponíveis.

Normalmente, associamos o termo a grande quantidade de conteúdo, cliques, compartilhamentos e fotos nas redes sociais. Mas imagine toda a informação que uma fábrica gera durante um dia de funcionamento com milhares de sensores coletando dados a cada segundo e tendo que manter isso tudo guardado. Precisaríamos de muita tecnologia!

E é nisso que entra o Big Data: gestão das redes sociais e grande volume de dados gerados, nesse caso, pelas indústrias da quarta geração.

Entendendo a relação do IoT com o Big Data

Como exemplo, vamos dizer que você tem um ar-condicionado e um guarda-roupa em casa que possuem a mesma tecnologia e se comunicam por meio do IoT. Em um belo dia, o sensor de umidade do seu guarda-roupas detecta níveis elevados, que podem gerar bolor nas suas roupas, automaticamente as portas do guarda-roupas se abrem. Um sinal é enviado ao seu ar-condicionado que liga no modo dry para tirar a umidade do ambiente.

Uma vez que os níveis baixaram, o ar-condicionado desliga sozinho, seu guarda-roupas se fecha, você retorna para casa às 18 h e nem sabe que a tarde toda os seus equipamentos estavam “conversando” e trabalhando por você. Que sonho, né?

E os dados onde ficam armazenados? Remotamente em um servidor, que consegue gerenciar toda essa nuvem de informações, derivado do conceito de Big Data. Além disso, existe um algoritmo por trás, que rege essas pequenas regrinhas de execução.

Muito além do uso comum

Perceba que este é um exemplo de automação residencial, agora imagine toda essa engenharia de comunicação, decisão e armazenamento de dados em uma Indústria. Uma linha de montagem que consegue identificar que uma peça está com defeito pode retirar esta peça da linha de montagem e, automaticamente, fazer a reposição.

Você pode estar pensando “isso já existe” e você não está errado. O que não existe é uma possibilidade de integração entre todos estes dispositivos. Já imaginou? Todas as máquinas conseguindo conversar entre si e não haver a necessidade de interferência humana entre um processo e outro?

Essa é apenas uma das possibilidades que a indústria 4.0 pode agregar para à humanidade. Mas, afinal, o que falta para alcançarmos essa revolução industrial?

Como colocar a quarta revolução industrial em prática?

O que impede a indústria 4.0 de se tornar realidade é o fato de que as empresas não atuam de forma coletiva. Um celular da Apple, por exemplo, não conversa com uma TV da LG.

Assim, cada máquina possui o seu protocolo de comunicação, e mesmo com a adição dos sensores, esses aparelhos não interagem entre si de forma completa, porque não possuem um protocolo único para a sua comunicação que ambos os dispositivos Apple ou LG neste exemplo entenderiam.

A pegada da indústria 4.0 é que você possa comprar uma máquina e ela já venha com aparatos tecnológicos para conversar com qualquer outra máquina. Uma vez que você está num mercado em que o seu produto não “conversa” com as outras máquinas, você está ultrapassado e perdendo competitividade.

A partir da evolução do mercado, se o seu equipamento sair da empresa sem possuir sensores e protocolos que permitam essa interconexão, ele não vai ser utilizado. Então, sim, o conselho é conversar com concorrentes e fornecedores para entender como eles podem contribuir.

Todas as empresas que possuem máquinas e equipamentos, principalmente que os produzem, precisam trocar ideias entre si para se definir um protocolo padrão. Se não houver esse tipo de acordo, o mundo não entrará na quarta revolução industrial.

Mesmo com toda a tecnologia, nada ultrapassa a coletividade e a capacidade humana de fazer conexões. A revolução tecnológica e industrial é coletiva e precisamos nos atentar para isso dentro e fora de nossas empresas.

 

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Escrito por: Sigmundo Preissler Junior

Sigmundo é PhD em Ciência da Computação pela Sapienza Università di Roma. Atua como Cientista de Dados para a Royal Cargo do Brasil desenvolvendo projetos inovadores e tecnológicos.

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