O mundo parou na última semana para acompanhar um navio encalhado no Canal de Suez, no Egito. O porta-contêiner do Panamá encalhou no dia 23 de março no km 151 do canal após uma série de imprevistos, falhas mecânicas e uma pitada de azar.
Seus 400 metros de comprimento e 200 mil toneladas bateram na margem em meio a fortes ventos e uma tempestade de areia que afetou a visibilidade. Especialistas indicam que pode ter acontecido, além da falha mecânica, uma falha humana que será esclarecida em investigação.
Para liberar o Canal, a operação mobilizou retroescavadeiras, um grupo de rebocadores e equipamentos de dragagem e durou seis dias.
O que parecia muito difícil teve um pouco de esperança no dia 28 de março, quando a maré alta facilitaria os trabalhos das equipes de resgate, que utilizaram rebocadores e dragas para aspirar a areia que estava debaixo do cargueiro.
No dia 29 de março, após uma semana, a embarcação conseguiu flutuar, foi reajustada na rota certa e o tráfego no Canal foi retomado. As autoridades estimam uma demora de até três dias e meio para que todos os 400 navios que esperavam o desencalhe consigam atravessar o trajeto.
Além disso, centenas de embarcações mudaram de rota e estão contornando a África para chegar em seus destinos.
No momento que o navio começava a subir lentamente na direção norte do canal, o desencalhe foi comemorado com buzinaços dos barcos que estavam ao redor.
Para proteger as cargas e os trabalhadores durante o período, a área contou com uma forte vigilância da segurança, além de milhares de policiais.
Prejuízos estão na marca de bilhões
Além de perder tempo na espera para poder entrar no Canal de Suez, os prejuízos dos navios que ficaram na fila da entrada ultrapassaram a marca dos bilhões de dólares.
Estimativas calculam prejuízos de US$ 9,6 bilhões, o que equivale a US$ 400 milhões por hora, em mercadorias por dia.
Porém, empresas especializadas em comércio marítimo estimam que, no total, os prejuízos direta ou indiretamente ligados a essa situação passaram de R$ 300 bilhões. Haviam quase 400 embarcações na fila à espera da liberação do canal, sendo alguns com carga viva.
As taxas de embarque para os navios petroleiros quase dobraram depois que o navio gigante encalhou, e o bloqueio interrompeu as cadeias de abastecimento de todo o mundo.
Cerca de 12% do comércio de todo o mundo passa pelo Canal de Suez, que possui 193 km que conecta o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho e cria um caminho mais curto entre a Ásia e a Europa, sem precisar dar a volta pela África.
A importância do Canal de Suez
O Canal de Suez foi inaugurado em 1869 com o objetivo de ligar o Mar Vermelho ao Mediterrâneo, e é uma das rotas de navio mais utilizadas em todo o mundo, com capacidade para receber navios gigantes de até 240 mil toneladas.
Isso porque a outra alternativa é dar a volta em toda a África, pelo Cabo de Boa Esperança, e isso faz com que o trajeto entre os portos do Golfo e de Londres tenha o dobro de distância, o que soma uma a duas semanas de viagem.
Em 2019 cerca de 50 navios por dia passaram pelo Canal de Suez e isso representou um terço do tráfego mundial de navios de contêineres.
Comércio Exterior exige conhecimento técnico
Para lidar com situações de importação e exportação em todo o mundo, é importante contar com empresas especializadas em toda cadeia de Comércio Exterior.
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