top of page

O que é Blank Sailing e quais os impactos para sua carga?

Blank Sailing é um termo utilizado no Comércio Exterior pelos donos de navios – também conhecidos como armadores – para informar o cancelamento de uma escala em um porto específico ou da saída inteira de um serviço, contendo todas suas escalas pré-definidas. Basicamente, a tradução é uma “omissão” de atracação ou saída.


É fato que os armadores trabalham com rotas pré-definidas, visando a melhor logística para as ofertas e demandas globais. Cada viagem contempla uma volta nessa rota, por isso que vemos nos BLs (conhecimentos de transporte) números de viagem informados a fim de identificar em qual viagem seu contêiner está sendo embarcado.

Por que ocorre o Blank Sailing?

O principal motivo é o baixo volume de procura por espaços em navios. Em resumo, se não há demanda para embarcar contêineres, o armador faz um cálculo para ver o que vale mais a pena: manter a saída do navio com, por exemplo, 30% da capacidade total dele utilizada, ou cancelar essa saída e acumular as cargas para o próximo, salvando custos de viagem, atracação, etc.

Ou seja, uma decisão meramente econômica. Porém, ainda existem outros possíveis motivos:

  1. Reconfiguração de rota do armador: quando o armador está mudando a frequência de viagens por algum motivo interno. Esse caso é raro, pois não é simples realocar todos os navios para iniciar uma nova rota programada;

  2. Ainda, há possibilidade de ocorrer Blank Sailing por casos fortuitos ou de força maior, como greves ou fatores meteorológicos, fazendo com que o navio seja obrigado a cancelar a escala nesse porto para que os demais portos da viagem consigam ser atendidos dentro do programado.

Como acontece na prática?

Vamos considerar que você tem uma importação da Ásia para o Brasil, mais especificamente de Shanghai para Itajaí. Para tal, você escolhe um armador “X”, que tem uma rota pré-definida como:

Shanghai > Ningbo > Shenzhen > Santos > Itajaí > Rio Grande > Shanghai

Nesta viagem, o armador atracará nesses portos acima citados e sua carga entrará no navio em Shanghai, passará por esses outros portos sem descarregar até chegar em Itajaí, seu destino final.

Há duas opções de Blank Sailing que podem ocorrer:

  1. A saída inteira é cancelada: neste caso, o armador toma a decisão de que, naquela semana e dia de saída, este navio inteiro será omitido, ou seja, ele não sairá de Shanghai e não passará por todos esses portos. Nesse caso, seu embarque pode ser reprogramado para a próxima semana, mantendo essa mesma rota.

  2. Um porto específico é omitido: por exemplo, se Itajaí é omitido, por causa de mal tempo para atracação. Nesse caso, há várias logísticas que podem ser feitas para de fato sua carga chegar em Itajaí. A mais lógica, nesse exemplo, seria descarregar em Itapoá, e usar um transporte rodoviário para entregar no porto de Itajaí.

O que fazer quando acontece Blank Sailing com seu embarque?

Normalmente, quando sua carga está programada para uma saída que será omitida, ela é reprogramada para a próxima saída automaticamente pelo armador. Obviamente, seu agente de cargas lhe informará e acompanhará todo o processo para garantir que seja feito de acordo.

As dicas que temos aqui é que o importador ou exportador façam algumas análises e ações:

  1. Quanto essa omissão atrapalha minha operação com meu fornecedor ou cliente?

  2. Quais as opções que eu tenho para minimizar esse impacto? Aqui, deve-se consultar com seu armador ou agente de cargas.

  3.  Manter a transparência de informações para todas as partes, tentando minimizar os impactos e ajustando o planejamento com todos os envolvidos.

  4.  Sempre ter uma margem para casos como esse. Como sabemos, o comércio exterior é bem dinâmico e a falta de planejamento e gerenciamento de risco coloca todo operador em perigo.

Ficou claro para você o que é Blank Sailing e seus pormenores?

Conte com a Royal Cargo para auxiliar você nesse e em outros assuntos relacionados. Entre em contato conosco pelo contato@royalcargo.com.br ou através do telefone +55 47 3344-4243.

Por Arlon Pereira, Diretor da Royal Cargo do Brasil

Leia Mais:

bottom of page